Rosa vermelha
Cecília Figueiredo nos envia esse poema
de Ary dos Santos, poeta e compositor lisboeta
Escrito para Amália Rodrigues e por ela musicado,
mas, no YouTube, interpretado pela fadista Katia Guerreio:
Trago uma rosa vermelha
aberta dentro do peito
e já em sei se e' comigo
se e' contigo que eu me deito.
A minha rosa vermelha
aberta dentro do peito
e já em sei se e' comigo
se e' contigo que eu me deito.
A minha rosa vermelha
mais parece uma roma
pois quando aberta de noite
pois quando aberta de noite
não se fecha de manhã.
Trago uma rosa vermelha
Trago uma rosa vermelha
na minha boca encarnada
quem me dera ser abelha
de tua boca fechada.
Trago uma rosa vermelha
não preciso de mais nada
Pus uma rosa vermelha
na fogueira do teu rosto
mereco ser condenada
por crime de fogo posto.
Trago uma rosa vermelha
que e' minha condenação
quem me dera ser abelha
de tua boca fechada.
Trago uma rosa vermelha
não preciso de mais nada
Pus uma rosa vermelha
na fogueira do teu rosto
mereco ser condenada
por crime de fogo posto.
Trago uma rosa vermelha
que e' minha condenação
condenada a vida inteira
a fogueira da paixão.
a fogueira da paixão.
atrevida e perfumada
e uma rosa vaidosa
a minha rosa encarnada.
Trago uma rosa vermelha
não preciso de mais nada.