Total Pageviews

Monday, January 22, 2018

Sring 2018 Seminar


German painter Johann Moritz Rugendas (1802-1858) arrived in Brazil in 1821.
He visited several towns of Minas Gerais. 
(Brasiliana, Itaú Cultural)


UMASS DARTMOUTH 
POR 630/730 SEMINAR IN BRAZILIAN LIT & CULTURE
SPRING 2018
NINETEENTH-CENTURY IDEOLOGIES AND LITERATURE


Class Meetings: Mon 4:00-6:30PM
Class Meeting Room: LARTS 110

Professor Dário Borim
Office Hours: Mondays 1:00-3:00PM & Tuesdays 2:00-4:00PM
Blog: A Paixão e o Poeta, http://apaixaoeopoeta.blogspot.com/

Objectives
The main purpose of this seminar is to enable students to understand and to discuss 19th century issues pertaining to a variety of ideologies in the fields of race (especially slavery and immigration), modernity, urbanization, the Brazilian national ethos, Positivism, political regimes (monarchy and republicanism, in particular), economics, gender, sexuality, and family structures. Influential studies by leading social science researchers and critics, such as Antonio Candido, Marilena Chaui, Roberto DaMatta, Gilberto Freyre, Caio Prado Jr., Mary Del Priore, Flora Süssekind, and Roberto Reis, will serve as main content of the seminar. While applying such concepts and theories to literary works, students will develop critical skills in the close reading of four fundamental novels to the understanding of 19th century Brazil ideologies: Manuel Antônio de Almeida’s Memórias de um sargento de milícias (1852), Bernardo Guimarães’ A escrava Isaura (1875), Aluísio Azevedo’s O cortiço (1890) and Machado de Assis’ Quincas Borba (1891).


Graded Tasks:
·      In-class participation: 20%
·      Weekly writing assignments: 20%
·      Oral presentations: 20%
·      Final paper: 40%


Calendar of Activities

January 22:
Introduction and Nineteenth-Century History of Brazil and Portugal
January 29:
Manuel Antônio de Almeida’s Memórias de um sargento de milícias
February 5:
Manuel Antônio de Almeida’s Memórias de um sargento de milícias (continued)
February 12:
Political Regime, Urbanization, Modernity
February 19 (No Class); February 20 (Following Mon schedule):
Slavery, Racial Thought, Immigration
February 26:
Bernardo Guimarães’ A escrava Isaura (1875)
March 5:
A escrava Isaura (continued)
March 12: 
No Class (Spring Break)
March 19:
Gender, Sexuality, Family Structure
March 26:
Aluísio Azevedo’s O cortiço (1890)
April 2:
O cortiço (continued)
April 9:
National Ethos, Positivism & Economics
April 16: 
No Class (Patriots Day)
April 23:
Machado de Assis’ Quincas Borba (1891)
April 30:
Quincas Borba (continued)
May 7:
Students’ Final Paper Presentations



Bibliography



Abreu, Capistrano de. Capítulos de história colonial (1500-1800). Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro. 1907; São Paulo, PubliFolha, 2000.

Araújo, Emmanuel. “A arte da sedução: sexualidade feminina na Côlonia.” Del Priore and Bassanezi 45-77.

Almeida, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. http://www.elivros-gratis.net/livros-download-gratis-pg-3.asp

Assis, Joaquim Maria Machado de. Quincas Borba. https://download.e-livros.pw/download/d24d5a941fcfdde71edcb4c771e215a7


Borim Jr., Dário. “Retrato social às avessas: A inserção classista e sexist em A escrava Isaura.” Perplexidades: Raça, sexo, e outras questões políticas no discurso cultural brasileiro. Niterói, RJ: EdUFF, 2004. 39-50.

Brown, Diana DeG., Umbanda: Religion and Politics in Urban Brazil. New York: Columbia UP, 1994.

Burns, E. Bradford. A History of Brazil. New York/London: Columbia UP, 1970.

Caldwell, Helen. Machado de Assis: The Brazilian Master and His Novels. Los Angeles: U.of California P., 1970.

Candido, Antonio. “The Brazilian Family.” Brazil, Portrait of Half a Continent. Ed. T. Lynn Smith. Westport, CN: Greenwood Press, 1972. 201-302.

_______. “Dialética da malandragem (caracterização das Memórias de um sargento de milícias)." Revista do Instituto de Estudos Brasileiros 8 (1970): pp. 67-89.

Chaui, Marilena. Conformismo e resistência. São Paulo: Brasiliense, 1986.

_______. O que é ideologia? 1980; São Paulo: Brasiliense, 1985.

_______. Repressão sexual: essa nossa (des)conhecida. São Paulo: Brasiliense, 1988.

DaMatta, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

_______. A casa e a rua. São Paulo: Brasiliense, 1985.

_______. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986.

Del Priore, Mary. “The Mansions and the Shanties: ‘The Flesh and Stone’ in Nineteenth-Century Brazil.” Rocha 65-72.

Del Priore, Mary, and Carla Bassanezi, eds. História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2004.

D’Incao, Maria Ângela. “Mulher e família burguesa.” Del Priore and Bassanezi 223-240.

Fontaine, Pierre-Michel, ed. Race, Class and Power in Brazil. Los Angeles: U. of California, Los Angeles Center for Afro-American Studies, 1985.

Galvão, Walnice Nogueira. Saco de gatos: ensaios críticos. Ensaios críticos. São Paulo: Duas Cidades, 1976.

Gomes, Laurentino. 1808: Como uma rainha louca, um príncipe medroso, e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. 2007; São Paulo: Planeta, 2008.


Hale, Lindsay. Hearing the Mermaid’s Song: The Umbanda Religion in Rio de Janeiro. U. of New Mexico P.: 2009.

Hobsbawm, Eric J. Nations and Nationalisms since 1780: Programme, Myth, Reality. Cambridge, UK: Cambridge UP, 1990.

Hollanda, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978.

Jackson, K. David. “‘The Abstract Brazilian’: Antonio Candido’s Malandro as National Persona.” Rocha 559-576.

Jackson, K. David. Machado de Assis: A Literary Life. New Haven, CT: Yale UP, 2015.

Lima, Luiz Costa. “Dom João VI no Brasil.” Rocha 325-334.

Lima, Oliveira. Formação histórica da nacionalidade brasileira. Intro. Gilberto Freyre et al. Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro. 1911; Rio de Janeiro/São Paulo: Topbooks/Publifolha, 2000.

Maxwell, Kenneth. Naked Tropics: Essays on Empire and Other Rogues. Foreword Fouad Ajami. New York: Routledge, 2003.

Mota, Carlos Guilherme. Viagem incompleta: a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000.

Nabuco, Joaquim. O abolicionismo. Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro. Rio de Janeiro/São Paulo: Nova Fronteira/Publifolha, 2000.

Nascimento, Abdias do. “Racial Democracy” in Brazil: Myth or Reality? Trans. Elisa Larkin do Nascimento. Foreword Wole Soyinka. Ibadan, Nigeria: Sketch, 1977.

Ortiz, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 2006.

Prado Júnior, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. 1942; São Paulo: Brasiliense, 1983.

Reis, Roberto. Por sobre os ombros: Leituras do discurso cultural brasileiro. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1995.

_____. The Pearl Necklace: Toward and Archeology of Brazilian Transition Discourse. Trans. Aparecida de Godoy Johnson. Gainesville, FL: UP of Florida, 1992.

Reis Filho, Nestor Goulart. “Urbanização e modernidade: entre o passado e o futuro (1808-1945). Mota 83-120.

Rocha, João Cesar de Castro, ed. Brazil 2001: A Revisionary History of Brazilian Literature and Culture. Portuguese Literary & Cultural Studies 4/5 (Spring/Fall 2000).

Rocha, João Cezar de Castro, and Flora Thomson-DeVeaux. Machado de Assis: Toward a Poetics of Emulation. Ann Arbor, MI: Michigan State UP, 2015.

Schwars, Roberto. Ao vencedor as batatas. 1977; São Paulo: Duas Cidades, 1988.

Silva, Ana Cláudia Suriani da. “Some Unknown Chapters of the First Version of Quincas Borba Serialized in A Estação.” The Author as Plagiarist—The Case of Machado de Assis. Portuguese Literary & Cultural Studies 13/14 (Fall 2004/Spring 205): 419-434.

Silva, Maria Beatriz Nizza da. Cultura e sociedade no Rio de Janeiro (1808-1821). Preface Sérgio Buarque de Hollanda. Rio de Janeiro: Nacional/MEC, 1977.

Skidmore, Thomas. E. Brazil: Five Centuries of Change. New York/Oxford: Oxford UP, 1999.

Soares, Marcus Vinicius Nogueira. “Memoirs of a Militia Sergeant: A Singular Novel.” Rocha 113-120.

______. A crônica brasileira do século XIX: Uma breve história. São Paulo: É Realizações, 2014.

Süssekind, Flora. Cinematógrafo das letras: literature, técnica e modernização no Brasil. São Paulo: Schwarcs, 1987.

______. Tal Brasil, qual romance? Rio de Janeiro: Achiamé, 1984.

Telles, Lygia Fagundes. “Mulher, mulheres.” Del Priore and Bassanezi 669-672.

Telles, Norma. “Escritoras, escritas, escrituras.” Del Priore and Bassanezi 401-442.

Voeks, Robert A. Sacred Leaves of Candomblé: African Magic, Medicine, and Religion in Brazil. Austin, TX: U. Texas P., 1997.





ON-LINE SOURCES AND OTHER MATERIALS



Zeitgeist (Part One: Religion) https://www.youtube.com/watch?v=AjHk9nKUNNs



1808: A corte no Brasil (12 docs de 20’): A fuga dos reis (1o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: Nobreza e política (2o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: Um reino sem rei (3o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: A travessia (4o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: A chegada à Bahia (5o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: O desembarque no Brasil (6o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: A economia no tempo de Dom João (7o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: A política no tempo de Dom João (8o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: A corrupção no tempo de Dom João (9o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: Arte e ciência, o reino do saber (10o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: O templo dos livros e da música (11o. Episódio)




1808: A corte no Brasil: O desembarque em Lisboa (12o. Episódio)




Chegada da família real portuguesa (Canal Futura, 58’)




Panorama histórico brasileiro: Independência




Panorama histórico brasileiro: Nasce a República




O Brasil-Império: Viajantes e Artistas no Século XIX (18’)




O Brasil no Olhar dos Viajantes




Aula de Antonio Candido sobre a Literatura Brasileira do Sec. XX




História do Brasil por Boris Fausto: Império (1822-1889)




Pintura no Brasil do Século XIX

Cláudia Valadão (Instituto de Artes, da UNICAMP)






Feature Fiction Links (PDFs sent out via email):

1)   Almeida, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias (1852)




2)   Guimarães, Bernardo. A escrava Isaura (1875)




3)   Azevedo, Aluísio. O cortiço (1890)




4)   Machado de Assis, Joaquim Maria. Quincas Borba (1891)

 

Thursday, August 15, 2013

Especial do Brazilliance em 15 e 22 de agosto, 2013

EM 9 DE JULHO, TRINTA E TRES ANOS ATRÁS, FALECIA O ESCRITOR, CANTOR E COMPOSITOR VINICIUS DE MORAES. SEU LEGADO MAIOR É O UNIVERSO POÉTICO-MUSICAL DE QUEM VIVENCIOU E RETRATOU SEU AMOR -- PAIXÃO, MESMO -- PELA VIDA. POIS, ENTÃO, VALE MAIS PENSAR QUE VINICIUS FARIA CEM ANOS NO PRÓXIMO MÊS DE OUTUBRO, E É ESTA A PROPOSTA PARA PRÓXIMAS DUAS EDIÇÕES DO MEU PROGRAMA DE RÁDIO, BRAZILLIANCE, 15 E 22 DE AGOSTO (NESSA QUINTA-FEIRA E NA SEGUINTE). NO TOTAL SERÃO SEIS HORAS DAS MAIS FINAS CANÇÕES E POEMAS DO BARDO CARIOCA,15H00-18H00, HORÁRIO DE NOVA IORQUE, OU 16H00-19H00, HOR. DE BRASÍLIA, SEMPRE AO VIVO, PELA EMISSORA UNIVERSITÁRIA WUMD, 89.3 FM, OU ON-LINE, PELO LINK DIRETO http://stream.umassd.edu/webcast/wumd.php?flash=true. SARAVÁ!

Monday, May 16, 2011

Cristina on Marriage







Cristina (Tina) Modotti, in Frida, directed by Julie Taymor (2002):

I don't believe in marriage. No, I really don't. Let me be clear about that. I think at worst it's a hostile political act, a way for small-minded men to keep women in the house and out of the way, wrapped up in the guise of tradition and conservative religious nonsense. At best, it's a happy delusion - these two people who truly love each other and have no idea how truly miserable they're about to make each other. But, but, when two people know that, and they decide with eyes wide open to face each other and get married anyway, then I don't think it's conservative or delusional. I think it's radical and courageous and very romantic. To Diego and Frida. 


http://www.imdb.com/title/tt0120679/quotes 

Saturday, April 16, 2011

Eucanaã Ferraz sobre Vinicius de Moraes

Livro retrata modernidade da obra de Vinicius de Moraes

da Folha Online
Para atestar a relevância da obra de Vinicius de Moraes, a coleção "Folha Explica" dedica um de seus novos volumes ao poeta. Leia o primeiro capítulo a seguir.
Divulgação
"Vinicius de Moraes", de Eucanaã Ferraz, da série Folha Explica
"Vinicius de Moraes", de Eucanaã Ferraz, da série Folha Explica
A obra sobre Vinicius, assinada pelo também poeta Eucanaã Ferraz, busca abranger com equilíbrio a poesia escrita e a poesia cantada, formadas pelas letras de música vinicianas.
Clássicos como "O Dia da Criação" e "A Bomba Atômica" são observados a partir das relações entre seus jogos internos, suas faturas e seus sentidos, em interpretações objetivamente elucidadoras de seus mistérios. O mesmo se dá na detida exegese que ganham os versos que fizeram de Vinicius o maior sonetista brasileiro do século 20.
Eucanaã Ferraz, poeta e professor de literatura da UFRJ, lista ainda discografia e bibliografia do grande poeta e das parceria com Tom Jobim, com quem criou alguns clássicos da bossa-nova, e com Baden Powell, com quem criou os afro-sambas.
Eucanaã Ferraz é autor de "Martelo" (1997), "Desassombro" (2002), "Rua do Mundo" (2004), entre outros livros de poesia. Organizou "Letra Só", livro de letras de Caetano Veloso (2002), e "Poesia Completa e Prosa", de Vinicius de Moraes (2003).

Sunday, April 3, 2011

Livro de Letras

Livro de Letras
Livro de Letras
Categoria: Artes / Música
Nova edição da mais completa antologia das letras de música escritas pelo poeta Vinicius de Moraes. Resultado de intensa busca em gravadoras, editoras musicais, arquivos particulares e no acervo de inéditos do poeta, ela conta também com um perfil lírico-biográfico que traça a trajetória de Vinicius ao longo de suas parcerias musicais. Tom Jobim, Baden Powell, Chico Buarque, Carlos Lyra, Edu Lobo e Toquinho são alguns dos homens que ofereceram a arte de sua música como abrigo ao imenso coração do poeta, que tinha o dom de transformar o encontro com cada um desses parceiros em verdadeira aventura espiritual. Acompanhadas de farto material iconográfico, as mais de trezentas letras de música aqui contidas confirmam a imagem de um Vinicius inesgotável, até hoje capaz de surpreender. Incluindo o texto biográfico "Um poeta bem acompanhado", por José Castello.
Resenha da Livraria Ouvidor On-Line, 

Sunday, March 27, 2011

Eu te amo

Sábado, 26 de março de 2011


Eu te amo



Já ouviu essas palavras dirigidas a você, olhos nos olhos? Acreditou nelas? Tem coisa melhor? Você já disse aquelas três palavrinhas sem desviar o olhar para o canto da sala? Foram levadas a sério? O que você está esperando? Por que temos medo de expressar o amor abertamente? Deixo as respostas claras e objetivas para as psicólogas da família, Carla e Silvana. 
   Meu negócio é contar histórias, mesmo que para sobreviver eu tenha escolhido a profissão de professor e mesmo que, por graças divinas, eu tenha tido a chance de ministrar e desfrutar de um curso de pós-graduação sobre a paixão. Temos lido muitas teorias e poemas sobre aquele tema apaixonante, mas, melhor ainda tem sido aqui e ali – no corredor ou no meu escritório, por exemplo – ouvir alguns casos de amor “de arrepiar”. O assunto mexe com quase todas as pessoas.  Ao final da nossa aula inaugural, portanto, quando mal tínhamos iniciado o curso, a aluna Nélia Alves passou por mim e me disse,
“Professor, não sei quantos relacionamentos vão sobreviver a esse curso!”
Eu não sabia o que lhe dizer.
Hoje em dia as pessoas podem vivenciar uma paixão e de fato escrever ou dizer “eu te amo” de diversos modos – muitas vezes, por meios eletrônicos. As pessoas podem estar distantes, em diferentes cantos do mundo, por exemplo, ou na mesma cidade ou até no mesmo prédio. Aparentemente a mídia social e intelectual (do tipo FaceBook, MySpace, Orkut e YouTube) chegou para ficar e dominar os processos de comunicação e, em particular, de amizade e romance. A inspiração para esta crônica, aliás, veio-me de um link a um vídeo, o comercial de Yasmin Ahmad, documentarista da Malásia, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Cannes de 2008. Disponível no YouTube, o vídeo foi postado por uma ex-aluna, uma amiga portuguesa muito querida, Sandra Sousa. Quase que imediatamente espalhei aquele link,www.youtube.com/watch?v=3fo3WJ1orvk, pela minha própria página no FaceBook. Quatro amigas se manifestaram a respeito dele: duas delas, Ana Catarina Teixeira e Débora Ferreira, lá de Utah, nas Montanhas Rochosas; a Catherine Kolar, do norte de Minnesota; e outra, de Londres, a Rosa Mignacca.
O vídeo, de um minuto e 43 segundos, primeiro mostra a pergunta: “Você tem medo de dizer ‘eu te amo’?” Depois escreve em branco sobre uma tela negra: “Tan Hong Min apaixonado,” menino que então será entrevistado em inglês por uma mulher anônima e invisível. Talvez aos seis ou sete anos de idade, ele diz,
“O nome dela é Umi. Umi Qazerina”.
“Por que você gosta dela?”
“Ela tem brincos e rabo de cavalo. Ela é bonita.”
“O que você gostaria de falar para ela?”  
Sorrindo, meio embaraçado, responde:
“Você quer sair comigo?” E acrescenta: “Para um jantar romântico”.
“Ela sabe que você gosta dela?”
“Não. Deixo em segredo.”
“Por quê?”
“Não quero que o mundo inteiro saiba.”
“Por que não?”
“Por que todos iriam rir de mim.”
“Por que eles iriam rir de você?”
“Porque ela não gosta de mim.”
Em seguida, uma garotinha de rabo de cavalo  se apresenta no vídeo:
“Meu nome é Umi Qazerina.”
A entrevistadora pergunta-lhe,
“Quem é seu melhor amigo?”
“Tan. Tan Hong Min.”
Quando a mulher lhe pergunta, “Você gosta dele?”, Umi não responde. Logo vem outra pergunta, “Você tem namorado?”
Ela faz um gesto afirmativo com a cabeça e diz, “Tan Hong Min”.
O rosto de Tan se transfigura num belo sorriso. Seu queixo literalmente cai de felicidade. Ele logo põe a mão direita no braço esquerdo de Umi. Ambos dão meia volta e saem para o mundo, abraçados. O vídeo termina com esses dizeres: “Nossa vida é definida pelo medo ou pelo amor. Ame! =)”
Lembrei-me de meu primeiro puppy-love, um amor de criança: Miriam Magda Carvalho. Acho que era correspondido, sim, mas até hoje não sei. Sei que eu morria de medo de não ser. Eu tinha entre sete e nove anos. Aquele amor nasceu e morreu platônico, mas a amizade jamais acabou. Pena que aquelas palavras mais doces nunca foram ditas. Umi e Tan, esses dois simpáticos baixinhos do século XXI, era do email e do FaceBook, tiveram mais sorte: um cupido eletrônico e internacional. Bom para eles! Você, não arrume desculpas, não. Abra o coração, sem medo e sem ilusão!